A Nintendo finalmente revelou o preço oficial do aguardado Switch 2 para o mercado brasileiro: R$ 4.500. Além disso, os jogos exclusivos do novo console poderão custar até R$ 500. A notícia, longe de animar os fãs, trouxe um balde de água fria para grande parte dos consumidores brasileiros, que já enfrentam há anos uma dura realidade no acesso aos games.
Enquanto no exterior o Switch 2 chega por um valor competitivo, proporcional ao poder aquisitivo das respectivas populações, por aqui o cenário é outro. Com o salário mínimo nacional ainda abaixo de R$ 1.500, adquirir um console da Nintendo por três vezes esse valor beira o absurdo. Pior ainda é pensar em montar uma biblioteca de jogos, onde cada título poderá pesar meio milhar de reais no bolso do jogador.
A justificativa oficial, como sempre, gira em torno de impostos de importação, custos de distribuição e taxas diversas. Mas a verdade é que essa política de preços contribui para ampliar ainda mais o abismo entre o público brasileiro e a indústria dos games. O Switch original já era considerado um item de luxo no país, e a nova geração apenas reforça essa realidade elitista.
Além disso, a Nintendo continua com uma abordagem conservadora no que diz respeito à localização de seus jogos e serviços. Grande parte dos títulos ainda chega sem tradução para o português, e a infraestrutura online da empresa segue defasada em comparação com concorrentes como Sony e Microsoft. Investir pesado em um console cujo ecossistema não prioriza o consumidor brasileiro é uma decisão cada vez mais difícil de justificar.
O impacto disso vai além do bolso: desmotiva o crescimento da comunidade gamer, desincentiva o consumo legal e fomenta alternativas como a pirataria e a importação paralela. É um ciclo que a indústria conhece bem, mas pouco se esforça para quebrar.
Enquanto a Nintendo não rever sua postura em relação ao Brasil, o Switch 2 corre o risco de repetir (ou até piorar) a trajetória do seu antecessor por aqui: um ótimo console, com excelentes jogos, mas inacessível para a maioria dos jogadores.
fonte: Nintendo Brasil
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