Com hardware mais robusto, nova geração pode finalmente acabar com o "boicote técnico" de terceiros
A essa altura do campeonato, é impossível ignorar o burburinho em torno do Switch 2. Embora a Nintendo ainda esteja em silêncio absoluto sobre a existência do console, os relatos de bastidores já entregam algo importante: os estúdios estão empolgados. E, vindo de uma indústria onde elogios técnicos nem sempre são fáceis de arrancar, isso diz muita coisa.
trailer Duskblood desenvolvido pela Fromsoftware:
A principal reclamação histórica em relação ao Switch sempre foi sua limitação de hardware. Não que isso tenha impedido o console de se tornar um fenômeno global — longe disso. A Nintendo soube jogar com suas cartas, apostando em design inteligente, jogos autorais de altíssima qualidade e, claro, na portabilidade. Mas para muitos estúdios third-party, principalmente aqueles que trabalham com engines mais pesadas e produções AAA, o Switch sempre foi uma pedra no sapato. Portar jogos era trabalhoso, caro e, muitas vezes, frustrante.
Agora, com o que vem sendo descrito como um “salto respeitável” em poder de fogo, o cenário parece estar mudando. Estúdios que antes davam meia-volta ao ver as specs da plataforma agora enxergam o Switch 2 como uma oportunidade real de entregar experiências mais completas, sem comprometer tanto a visão original dos seus jogos.
trailer Cyberpunk 2077: Ultimate Edition — Nintendo Switch 2
E isso não significa que a Nintendo esteja tentando competir diretamente com o PS5 ou Xbox Series X — aliás, ela raramente joga esse jogo. Mas com tecnologias como o DLSS da NVIDIA, um chip mais moderno e melhor gerenciamento de memória, o Switch 2 não precisa bater de frente. Basta estar perto o suficiente. E ao que tudo indica, ele estará.
O entusiasmo que começa a circular entre os desenvolvedores é um bom presságio. Não só porque indica que teremos mais variedade e qualidade no catálogo do console, mas também porque mostra que a Nintendo pode, sim, manter sua identidade única sem ficar para trás no aspecto técnico.
Se a empresa acertar no lançamento, no preço e — principalmente — nos jogos de estreia, o Switch 2 tem tudo para repetir o sucesso do primeiro, mas com uma vantagem: dessa vez, ele não precisa nadar contra a maré dos third-parties. Pode surfar nela.
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